segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Um pouco de Música: Years & Years

Reinvenção e nostalgia. Estas são as palavras de ordem da banda que se destacou nas paradas britânicas no primeiro semestre de 2015. O Years & Years mistura sintetizadores que lembram o cenário eletrônico dos anos 90, ao mesmo tempo que repaginam com elementos do R&B o som viciante da banda. Como não poderia deixar de ser, os clipes  são sempre bem criativos e a aposta em uma identidade visual chamativa coloca-os em grande evidencia e destaque no cenário pop atual.


Muitas coisas funcionam bem no Y&Y. As letras são bem escritas e a voz do vocalista Olly Alexander é diferente e casa com a proposta do som que a banda faz. De certa forma, o Years & Years consolida o eletropop como um estilo de música que consegue resgatar elementos usados em exaustão e tirar deles algo bastante inovador. O som aqui é mais concreto, ousado e interessante que boa parte dos artistas e bandas que se arriscaram no estilo, mesmo que estas tenham entregado ótimos trabalhos, como fizeram o Two Door Cinema Club e o Foster the People, citando exemplos recentes.

"Communion", disco de estréia da banda é uma sucessão de acertos e surpresas. O que ás vezes é chamado de "música indie" acabou ganhando aqui um ótimo representante. Ele começa com a faixa introdutória Foundation, e a sequência inicial é com as grudentas Real, Shine, Take Shelter (melhor faixa em minha opinião) e Worship.

"do what you want tonight"

 Eyes Shut, sexta faixa, mostra que não se trata de um disco completamente voltado para as pistas, evidencia o talento musical dos integrantes da banda e tem ótimos vocais, o que a torna uma faixa especial. O disco segue com Ties, as ótimas King e Desire e sua sequência final (Gold, Without, Border e Memo), embora seja menos chamativa não compromete a beleza do trabalho.

O Years & Years tem chamado cada vez mais atenção com um som que aparentemente não tem nada de muito novo mas que busca em elementos mais antigos sua sofisticação. A banda tem som e identidade visual bem montadas e mesmo que esses elementos sejam voltados para o consumo, acabam mostrando  o som atual, jovem e bem feito que eles fazem. Communion é um disco fácil de ouvir, gostar, viciar e achar (está aí pela internet) e a banda demonstra que o eletropop, mesmo que exaustivamente utilizado atualmente, ainda tem fôlego e pode apresentar coisas ótimas.

b-side excelente





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