domingo, 6 de setembro de 2015

O Fim Glorioso De Uma Jornada

De tempos em tempos, a indústria de vídeo games elege um jogo como o epítome das novas tecnologias, no ano de 2015 esse cargo pertence ao trabalho final da trilogia “The Witcher”. Sendo considerado por muitos a melhor tradução das capacidades técnicas da oitava geração de consoles de mesa, “The Witcher 3: Wild Hunt” é o jogo favorito para ganhar o prêmio de “Game Of The Year”.


O inicio da PI (propriedade intelectual) foi nas mãos de um autor polonês chamado Andrzej Sapkowski que publicava contos sobre bruxos caçadores de monstros numa revista de ficção científica de nome “Fantastyka”. Os vários contos escritos depois foram compilados em livros de romance que seguiam um bruxo chamado Geralt of Rivia. Após muitos livros de sucesso considerável, uma desenvolvedora de games polonesa conhecida como “CD Projekt RED” transformou as histórias do autor em uma trilogia de jogos no estilo RPG ocidental.




Os jogos dão uma visão à história de Geralt of Rivia, assim como os livros, mas trazem junto fatores que apenas essa mídia possui. Pelo fato do gênero ser RPG e isso levar a escolhas do jogador para definir o andamento da história, isso faz com que todas as interações com personagens importem mais para o jogador num nível pessoal.


A desenvolvedora acertou em cheio no aspecto mais importante do jogo, fazer com que o jogador se sinta como um bruxo. Tudo que é utilizado para caçar os monstros é feito de uma maneira interessante, com rastreios, pesquisas, preparo e a otimização de equipamento. A terceira instalação da franquia tentou alcançar todos os limites que teve oportunidade em questões técnicas, os mapas são maiores que qualquer outro jogo lançado até então, os gráficos utilizam uma grande parte do potencial da nova geração, a trilha sonora é uma obra de arte por si só. Além disso, o jogo trás para quem jogou os antecessores um grande elenco de antigos personagens que estarão presentes para o fim da história de Geralt.





Apesar de o jogo ter acertado até nos aspectos de RPG, como a progressão de equipamentos e sistema de missões, nem tudo é um mar de rosas. A desenvolvedora tentou alcançar os limites estabelecidos pela tecnologia, mas talvez tenham dado um passo maior que a perna. O jogo na versão atual é repleta de defeitos, desde carregamentos que nunca acabam, problemas na administração de jogos salvos, travamento completo do jogo. Os responsáveis tentam corrigir esses bugs conforme são reportados, mas isso resulta em atualizações ridiculamente grandes que não corrigem tudo, por que além das correções vêm juntas mudanças em estética e no equilíbrio de itens, coisas que deveriam ter sido aperfeiçoadas e finalizadas antes do lançamento do jogo. E por mais que a história seja bem pessoal para quem jogou os anteriores, se o jogador for um novato da franquia ele vai acabar se sentindo como um estranho na conversa entre velhos amigos, meio deslocado.


Finalizando, o game tem seus méritos, mas ele está longe de ser perfeito ou até mesmo o epítome da nova geração de consoles de mesa, pois ele não trabalha bem com suas próprias limitações. E a respeito dele ser o “Game Of The Year”... Bem... O ano não acabou.



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